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Pesquisa mede quantidade de carbono absorvido pelo bioma Cerrado e seu impacto no clima

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4/03/21

Estudos sobre mudanças climáticas podem ganhar um grande reforço com pesquisa que está sendo realizada no Legado Verdes do Cerrado, reserva de 32 mil hectares da CBA – Companhia Brasileira de Alumínio, localizada em Niquelândia-GO. O trabalho busca gerar dados para calcular, de forma mais precisa, o carbono que a vegetação absorve pela fotossíntese e armazena. Com isso, será possível estimar os efeitos que a perda de uma área florestal de Cerrado pode ter para o meio ambiente e, consequentemente, para a sociedade. Denominada de “Alometria no Cerrado”, a Pesquisa é uma iniciativa do Serviço Florestal Brasileiro (SFB) em parceria com a Universidade Federal de Goiás (UFG), a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) e o Legado Verdes do Cerrado. Devido às queimadas, há apontamentos de que o Cerrado é um importante sumidouro de carbono. “Quando uma vegetação pega fogo, muito do carbono fixado nela vai para a atmosfera. Com o avanço dos estudos sobre o aquecimento global, é importante entendermos o papel do Cerrado nas questões climáticas,” afirma o professor da Universidade Federal de Goiás e coordenador da pesquisa realizada no Legado, Fábio Venturoli. O pesquisador explica que ainda existem incertezas referentes aos estoques de matéria orgânica, de origem vegetal (biomassa), e carbono na vegetação das diferentes formas do Cerrado, o que dificulta a criação de estimativas para compensação de danos ambientais, como perda da diversidade biológica e alteração das propriedades do solo. E é nesse contexto que os cálculos desenvolvidos na pesquisa “Alometria no Cerrado”, poderão ser aplicados pela comunidade científica, órgãos ambientais e profissionais técnicos para medir o impacto do desmatamento em áreas de Cerrado e os benefícios da conservação de florestas. “Ao entender o potencial de estoque de carbono de uma área de Cerrado conservada, como a do Legado, podemos gerar dados que serão usados como base para estimar, de forma mais precisa, quanto de carbono e de matéria orgânica é liberado com a supressão de uma vegetação, por exemplo. Com essas informações é possível, dentre outras providências, exigir do responsável por um desmatamento, que repare o equivalente ao impacto que causou para a sociedade”, destaca. Para o coordenador da pesquisa, tem-se no Legado Verdes do Cerrado um cenário ideal para realização do estudo. “A área está conservada de maneira expressiva, com muitos fragmentos do bioma original. Com isso, conseguimos fazer um estudo amplo. Estamos repetindo várias vezes as análises e, dessa forma, temos a validação matemática para modelos testados com resultados bem próximos à realidade, reduzindo as incertezas”, explica.  Além de estabelecer novos parâmetros para mensuração dos impactos do desmatamento, os dados obtidos nas análises vão integrar o Inventário Florestal Nacional/IFN e o “Global Forest Resources Assessment”, um relatório produzido pela FAO sobre florestas em todo o mundo. Também são produzidas, dentro do projeto, duas teses de doutorado do Programa de Pós-graduação em Agronomia com ênfase em Produção Vegetal da UFG. Desenvolvimento A pesquisa “Alometria no Cerrado” foi iniciada com trabalhos realizados em campo, no Legado Verdes do Cerrado, por uma equipe de engenheiros florestais, professores e estudantes, que fizeram o mapeamento e seleção das áreas para análise. Foram escolhidos quatro fitofisionomias florestais que, na avaliação dos pesquisadores, têm maior capacidade de alocação de biomassa e carbono: cerradão, mata de galeria, floresta estacional e cerrado típico.  Em seguida, os cientistas definiram parcelas de 100 metros quadrados cada e, dentro delas, foi avaliada a serapilheira, que é a camada acima do solo formada por restos de folhas, frutos, galhos e outros materiais orgânicos em decomposição; a necromassa, representada por galhos e troncos caídos no chão da floresta; a camada rasteira, que é a vegetação gramíneo-herbáceo-arbustiva; e as espécies arbóreas da floresta. Desses extratos foram recolhidas amostras de 1 kg, pesadas com balança de precisão em campo e encaminhadas ao laboratório de Inventário Florestal da UFG, em Goiânia. O material passou por um processo de secagem até perder todo o teor de água e, novamente, foi realizada a pesagem. Comparando as massas, os cientistas conseguiram avaliar a biomassa das amostras. A próxima etapa do estudo é a determinação do teor de carbono das amostras colhidas no Legado Verdes do Cerrado. O projeto já reuniu cerca de duas mil amostras e o próximo passo é o envio desse material ao laboratório Biofix, da Universidade Federal do Paraná, equipado com máquina específica para determinar o teor de carbono. Sobre o Legado Verdes do Cerrado O Legado Verdes do Cerrado, com aproximadamente 80% da área composta por cerrado nativo, é uma área de 32 mil hectares da CBA – Companhia Brasileira de Alumínio, uma das empresas investidas no portfólio da Votorantim S.A. A cerca de três horas de Brasília, é composta por dois núcleos. No núcleo Engenho, nascem três rios: Peixe, São Bento e Traíras, de onde é captada toda a água para o abastecimento público de Niquelândia/GO. Nele está a sede do Legado Verdes do Cerrado onde, em 23 mil hectares, são realizadas pesquisas científicas, ações de educação ambiental e atividades da nova economia, como produção de plantas e reflorestamento; enquanto 5 mil hectares são áreas dedicadas à pecuária, produção de soja e silvicultura. O núcleo Santo Antônio Serra Negra, com 5 mil hectares, mantém o cerrado nativo intocado e tem parte de sua área margeada pelo Lago da Serra da Mesa. Acompanhe o Legado Verdes do Cerrado no Facebook e Instagram: www.facebook.com/legadoverdesdocerrado www.instagram.com/legadodocerrado Sobre a CBA Desde 1955, a Companhia Brasileira de Alumínio (CBA) produz alumínio de alta qualidade de forma integrada e sustentável. Com capacidade instalada para produzir 100% de energia vinda de hidroelétricas próprias, a CBA minera a bauxita, transforma em alumínio primário (lingotes, tarugos, vergalhões e placas) e produtos transformados (chapas, bobinas, folhas e perfis). Em estreita parceria com seus clientes, a CBA desenvolve soluções e serviços para os mercados de embalagens e de transportes, conferindo mais leveza, durabilidade e uma vida melhor. A CBA está bem perto de você. Acesse: www.cba.com.br. Informações para a imprensa:Oficina de Comunicação Sirlene Milhomem (62) 98176-0297 [email protected] Luísa Gomes (62) 99911-2950 [email protected]

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