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CBA vence Prêmio ECO Amcham 2022 com projeto para a redução de emissões de gases de efeito estufa

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29/07/22

29ul sex, 2022

Refinaria em Alumínio é uma das primeiras no mundo a usar 100% de vapor originado por biomassa de cavaco de madeira de eucalipto, proveniente de área de reflorestamento   São Paulo, 29 de Julho de 2022 – A Companhia Brasileira de Alumínio (CBA) venceu o Prêmio ECO Amcham Brasil 2022, na modalidade Práticas de Sustentabilidade, Categoria Processos para Grandes Empresas, com um projeto para substituir o gás natural ou o óleo, que abastece as caldeiras da refinaria de alumina (óxido de alumínio), por biomassa de cavaco de madeira de eucalipto, proveniente de área de reflorestamento. Com isso, a fábrica da CBA em Alumínio, São Paulo, tornou-se uma das primeiras no mundo a usar 100% de vapor originado desse biocombustível em uma das etapas mais eletrointensivas da produção do alumínio. Criado em 1982, o Prêmio ECO Amcham é um reconhecimento à iniciativas empresariais que adotam práticas responsáveis em seu negócio. Desenvolvida em parceria com a ComBio Energia e implementada em 2020, a caldeira movida à biomassa, ou Unidade de Produção de Vapor (UPV), já contribuiu com uma redução de 63,6% nas emissões de gases de efeito estufa (GEE) por tonelada de alumina nessa etapa de produção. Ou seja, as emissões, que somavam 0,55 tCO2e/t alumina em 2019, caíram para 0,31 em 2020, e para 0,20 tCO2e/t no ano de 2021 – vale destacar que a média da indústria global é de 1,21 tCO2e/t alumina. “Até o fim de 2021, evitamos o consumo de 165 milhões de m³ de gás natural, que corresponde a emissão de 342 mil toneladas de CO2e, considerando os ganhos desde o início da operação da caldeira. Esse montante equivale à captura de carbono de cerca de 1.296 hectares de Mata Atlântica em um período de 30 anos após o plantio”, afirma Ricardo Carvalho, CEO da CBA. Além dos benefícios ambientais, acrescenta o executivo, a iniciativa teve um impacto social positivo na preservação e geração de empregos, pois os profissionais que operavam as antigas caldeiras tiveram os seus empregos mantidos por meio de remanejamento interno das equipes, e a operação da nova caldeira gerou 50 novos empregos por meio da ComBio, empresa parceira do projeto. Projeto – Com um investimento de aproximadamente de US$ 30 milhões, o projeto envolveu a substituição de seis caldeiras movidas a óleo ou gás natural por uma Unidade de Produção de Vapor (UPV), alimentada por cavacos de madeira de eucalipto obtidos de áreas de reflorestamento. Essa unidade, com capacidade para atender toda demanda de vapor da CBA, tem 8 mil metros quadrados, incluindo o sistema de alimentação, e foi instalada como parte do processo produtivo. “É como se a ComBio tivesse construído uma minifábrica dentro da CBA. E toda essa estrutura exige atenção especial, como alimentação da fornalha 24 horas por dia, sete dias por semana”, destaca Carvalho. A ComBio decidiu iniciar a operação já com uma reserva de eucalipto de reflorestamento de quatro anos para afastar riscos de abastecimento da refinaria da CBA. Mesmo assim, o projeto também conta com uma célula de pesquisa e desenvolvimento para criar outras formas de biomassa. A experiência da CBA com a caldeira movida à biomassa foi selecionada pelo Ministério do Meio Ambiente para uma apresentação sobre transição energética durante a COP26, conferência das Nações Unidas sobre o clima, realizada na Escócia em novembro de 2021, como um dos bons exemplos da indústria do alumínio na gestão das mudanças climáticas. Em um evento paralelo, também foi lançado, pela Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (CETESB), um livro de casos de sucesso da agenda climática em que o projeto foi um dos destaques. CBA – Ao longo de décadas, a CBA vem investindo para garantir capacidade própria de gerar 100% da energia necessária para a produção de alumínio de forma autônoma e totalmente renovável em toda a cadeia produtiva. Com um modelo de negócio de integração vertical, a empresa atua na mineração da bauxita, na produção do alumínio primário (lingotes, tarugos, vergalhões e placas) e produtos transformados (chapas, bobinas, folhas e perfis), utilizando 100% de energia renovável. A CBA possui 21 usinas hidrelétricas próprias ou de consórcios que participa com capacidade instalada para geração de 1,6GW de energia elétrica, por meio de 21 usinas hidrelétricas, e investe na diversificação de sua matriz energética, com a instalação de dois parques eólicos, Ventos de Santo Anselmo e Ventos de Santo Isidoro, no Nordeste, com 171,6 MW de capacidade instalada.   Esse perfil possibilita à empresa ter uma das menores emissões de carbono do mundo. Enquanto a média global de emissão verificada na etapa mais eletrointensiva da indústria do alumínio, a eletrólise, quando o metal é transformado em líquido, é de 12,8 toneladas de CO2 equivalentes por tonelada de alumínio, na CBA esse índice foi de 2,56, em 2021. Ou seja, um número cinco vezes menor.   Para se manter como referência na produção de alumínio de baixo carbono, a CBA evoluiu seu plano robusto em 2020, que incorpora temas ambientais, sociais e de governança ao seu negócio e estabelece compromissos até 2030. Na frente ambiental, três de suas metas foram aprovadas, em maio último, pelo  SBTi (Science Based Targets), alinhando seu compromisso às metas com base em critérios científicos, e tornando-se a primeira produtora de alumínio primário do mundo a ter suas metas aprovadas pela instituição.   A empresa pretende reduzir em 40% as emissões, na média dos produtos fundidos, desde a mineração, até 2030 (base 2019). Para viabilizar esse objetivo, a CBA vem investindo não só na caldeira movida à biomassa na refinaria de alumina, como também na modernização da tecnologia das salas fornos, atuando na fase mais eletrointensiva da produção do alumínio, que além da redução das emissões permite tornar mais eficiente o consumo da água, além de garantir maior segurança.  Outra frente de atuação da empresa é na reciclagem do alumínio, já que ela permite um aumento de produção com apenas 5% do consumo de energia necessário para a fabricação do alumínio primário. Outros objetivos são: ter uma linha de produtos carbono neutro disponível para os clientes; até 2050 definir uma trajetória da neutralização nas emissões e trabalhar em um plano de adaptação às mudanças climáticas. “Investimentos em uma matriz energética mais limpa e sustentável em todas as etapas de produção industrial podem gerar efeitos positivos para o meio ambiente”, assegura Carvalho, apostando que a mudança também representa um benchmark para que outras empresas adotem iniciativas relevantes como a da caldeira à biomassa, contribuindo ativamente para o combate às mudanças climáticas.

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