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6 jun, 22

Projeto Reflora, da CBA, inicia plantio de mudas em propriedades rurais na Zona da Mata mineira

jun seg, 2022

Miraí recebeu os primeiros plantios da iniciativa, feitos com espécies nativas locais. O objetivo é contribuir para a recuperação da biodiversidade e a regularização de áreas degradadas de Reserva Legal e Áreas de Preservação Permanente

 

A Companhia Brasileira de Alumínio (CBA), em parceria com o Instituto Votorantim e a Reservas Votorantim, iniciou o plantio de mudas por meio do Reflora, projeto voltado para pequenos produtores rurais interessados em realizar o reflorestamento de áreas utilizadas no passado para atividades de agricultura e agropecuária. Nessa primeira fase, mais de 460 mudas de espécies nativas foram plantadas em Miraí, na Zona da Mata mineira, no último dia 9 de junho.

A iniciativa tem como objetivo a recuperação de ecossistemas, o incremento da biodiversidade brasileira, a criação de corredores ecológicos, a preservação de recursos hídricos, a possível geração de crédito de carbono florestal e a regularização fundiária de áreas degradadas de Reserva Legal (RL) e Áreas de Preservação Permanente (APP). A expectativa é que, até o final de 2022, mais de 15.000 mudas sejam plantadas na região.

 

O gerente das Unidades de Mineração da Zona da Mata, Christian Fonseca de Andrade, comemora o início do plantio. “A forte atuação socioambiental da CBA propicia um ambiente para o nascimento de iniciativas inovadoras, como o Reflora, que vão além da nossa responsabilidade legal e que se conectam com as nossas parcerias valiosas, com destaque para a atuação conjunta com a Universidade Federal de Viçosa (UFV) nos continuados trabalhos de restauração florestal. Essa é mais uma ação de desenvolvimento das comunidades onde atuamos, conectando o negócio, a academia, o poder público e os proprietários rurais. Sabemos que nossas ações podem gerar resultados positivos com transformações que vão além do nosso setor. Queremos desenvolver as comunidades em que atuamos, ampliando a consciência de todos para a importância da sustentabilidade”, destaca.

 

Para o professor Sebastião Venâncio Martins, líder da equipe do Laboratório de Restauração Florestal – LARF e responsável por uma das três linhas de pesquisas realizadas por meio de parceria entre a CBA e a UFV, as técnicas utilizadas nos plantios de espécies nativas da Mata Atlântica têm contribuído para a conectividade dos fragmentos florestais remanescentes nas paisagens com as florestas restauradas, ampliando os corredores ecológicos na região.  “Esses corredores são fundamentais para garantir, por exemplo, o aumento da cobertura vegetal da paisagem, o deslocamento de animais e a dispersão de sementes entre as áreas”, frisa.

Nessa parceria, após o plantio realizado pela CBA, os proprietários e agentes locais deverão cuidar de suas áreas em recuperação, realizando atividades de manutenção e monitoramento, com supervisão e apoio técnico da Companhia. O projeto ainda fomentará a regularização ambiental dos participantes frente ao Código Florestal.

 

Vaguinei Juliani Cruzato conta como foi ser o primeiro proprietário da região a receber as mudas. “Tenho muito orgulho e satisfação de participar desse projeto. Espero contribuir com as gerações futuras, para que todos possam viver em um mundo melhor. O plantio de árvores é uma alternativa simples e benéfica para evitar os impactos ambientais. Sem contar que também abriga pássaros, que espalham as sementes e comem insetos”, frisa.

 

O Projeto

O Projeto Reflora será continuado e fornecerá mudas e capacitação técnica para que os proprietários rurais viabilizem o reflorestamento com uso de espécies nativas de áreas utilizadas no passado para atividades de agricultura e agropecuária; bem como áreas de Reserva Legal (RL) e Áreas de Preservação Permanente (APP),

Em 2021, foi aberto o primeiro edital para inscrição de proprietários interessados. A seleção das áreas levou em consideração a situação dos documentos e eventuais passivos das propriedades e de seus proprietários ou posseiros. Em 2022, está previsto o lançamento de um novo edital.

Para participar, o produtor rural deve cumprir os critérios prioritários, adicionais, ambientais e socioeconômicos. Ao serem selecionados, têm como responsabilidades cumprir os termos do contrato, permitir o acesso dos técnicos e responsáveis às áreas para execução do projeto, o que inclui plantio, participação em treinamentos, manutenção e monitoramento das mudas.